jueves, 29 de julio de 2010

Rev. Derval Dasilio, 1 abril de 2010

Caro Zwinglio:

Impressionante a semelhança com nosso cenário brasileiro.
A neoescolástica presbiteriana não nos abandona.
Não contentes com as grandes conquistas femininas, na democracia e na modernidade eclesiástica ecumênica, reeditamos o feudalismo medieval e até enterramos Calvino.
Definitivamente, ao que parece.
Lia, há pouco, o livro de Jane Dempsey Douglas, Mulheres, Liberdade e Calvino, Didaquê, 1995, e posso ver o anacronismo. Impressiona, quando a Idade Média negava até que "mulher tem alma"! Mas Calvino afirmava que que "mulheres têm igualmente almas humanas e podem receber igualmente dons espirituais juntamente com os homens", e o reformador também "negava a sujeição de Eva" (Agostinho, Aristóteles, Tomás de Aquino). Pior que Aristóteles e Aquino, Agostinho, que, em sua reflexão dicotômica sobre o corpo & alma, ("a alma é prisioneira da carne"), ainda negava à mulher igualdade até mesmo na alma ("a carne tem sexo, a alma não..." ). E Agostinho, comentando Paulo, exacerbava: "o homem é imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem"!
A Igreja Medieval nunca nos abandonou.

Saludos,

Rev.Derval Dasilio

Esquecia-me: Escrevi um artigo sobre o assunto, está no site da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil < www.ipu.org.br >
Relações de Gênero nos Ministérios Ordenados
http://www.ipu.org.br/br/artigos/item/84-rela%C3%A7%C3%B5es-de-g%C3%AAnero-nos-minist%C3%A9rios
Nesse site, divulgamos bastante o seu livro (e-book) ELE TOCOU A FLAUTA E NÓS NÃO DANÇAMOS (pudicamente, o editor substituiu, na chamada, por ... E NÓS NÃO CANTMOS...) que, faz tempo, você me autorizou a publicar. Ainda precismos de uma edição impressa... você não quis publicar?

Derval

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